domingo, 13 de dezembro de 2015

Novo blog

Oi pessoal!!!

Estou em novo endereço! Agora, além das resenhas, estou falando também sobre o meu dia-a-dia morando na Dinamarca! :D

Passem lá!

http://livrosfrioecafe.blogspot.com

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Bridget Jones: Louca pelo garoto - Helen Fielding

Sabe quando vc lê uma série e fica com aquele sentimento de luto quando termina????? Eu sei! Sabe quando a autora resolve lançar mais um livro quando você realmente não esperava??? Não! Nunca tinha acontecido comigo antes! E confesso que a felicidade foi tamanha, q engoli a nova história da nossa querida Bridget em dois segundos! Vamos aos meus comentários:

 História: O livro fala sobre a vida de Bridget Jones aos 51 anos, mãe de dois filhos, e pasmem, viúva de Mark Darcy! Isso mesmo... sem Mark Darcy! :( Bem, Bridget finalmente se sente pronta para sair do luto e encontrar uma nova companhia. Até que, depois de muita confusão, conhece um garotão de apenas 29 anos chamado Roxter. As multi-tarefas de uma mãe solteira, o desejo de ter um roteiro transformado em filme, e a fixação com suas rugas e cabelos brancos, fazem surgir inúmeros momentos de confusão, típicos da heroína tão famosa nos cinemas.

Capa: Não gostei muito dessa Bridget toda magrela da capa. Fora isso, não tenho muito o que comentar...

Personagens: Acho que a Bridget continua a mesma de sempre: neurótica, insegura, descontrolada, engraçadíssima; e foi muuuuito bom poder rever esse jeitão peculiar que caracteriza muitas mulheres por aí... Os filhos de Bridget, Mabel e Billy são extremamente fofos, engraçados, tecnológicos (hehehe) e carinhosos. Adorei! Roxter, o garotão, é descrito como lindo e musculoso, inteligente, engraçado, debochado e gentil. Mas, como nem tudo são flores, a diferença de 22 anos de idade entre os dois torna tudo um pouco mais complicado. Sr. Wallaker é professor na escola do Billy e passa o livro inteiro azucrinando a vida de Bridget, sempre a encontrando nos momentos mais inusitados. Com o passar do tempo, Sr Wallaker vai se aproximando e se tornando bem mais agradável com a família Jones/Darcy. Rebecca é a vizinha de Bridget, igualmente mãe, igualmente sozinha (já que o marido vive em turnê), e igualmente doida. Ela é muito engraçada e divide vários momentos cômicos com Bridget durante o livro. Imogen, George e Damian trabalham na Greenlight, empresa que tenta transformar o roteiro escrito por Bridget em um filme. Não preciso nem dizer a quantidade de fiascos que eles tiveram a chance de testemunhar trabalhando ao lado de Jones, certo? :D

Narrativa: Boa, como sempre. É um diário, então é tudo muito mais aberto, livre e despojado.

Opinião geral: Gostei. Mas realmente não engoli um Bridget Jones sem Mark Darcy e com o Daniel aparecendo uma vez na vida, outra na morte. Acho que o triângulo amoroso era o que fazia o livro ser como era... fazia parte da identidade da história. Parece que ficou faltando alguma coisa, que não era uma série de livros, não era uma continuação. 


Também não engoli a reviravolta que a história deu no final, tão de repente. (Spoiler a seguiiiir!!!) Em um momento, Sr Wallaker é um grosseiro machista, no outro é um fofo E salvador da pátria (quase que literalmente). Como assim? Era melhor ela ter ficado com o garotão que era muito mais divertido! :D

Indicaria pra alguém? Claro! Bridget Jones, apesar de tudo, será sempre Bridget Jones: a grande pioneira nos livros de mulherzinha tão amados por todas nós! :D

"Olhei para o ponto que ela estava indicando. Lá, no muro do jardim, estava uma coruja, branca à luz do luar, olhando fixamente para nós, sem piscar. Eu nunca tinha visto uma coruja antes. Achei que estavam extintas, ou que só existiam em zoológicos ou no campo, (...)
(...) Os dois estavam dormindo. Abri a cortina para ver se a coruja estava mesmo lá. Ela ainda estava ali, me fitando sem piscar. Fiquei olhando-a por um longo tempo e fechei a cortina."

domingo, 29 de junho de 2014

Cheio de Charme (This Charming Man) - Marian Keyes

Já li várias livros da Marian Keyes, autora irlandesa conhecida principalmente pelos seus livros Melancia, Sushi e Férias!, e achei esse particularmente diferente. Muitos aspectos são divergentes aos trabalhos anteriores da autora, e vou explicar um por um aqui.. Vamos lá!


 História: O livro conta a história da reação de quatro mulheres à notícia do casamento do charmoso e popular político Irlandês, Paddy de Courcy. Essa história é contada sobre o ponto de vista de cada uma das personagens, o que, para mim, é um aspecto negativo do livro. Já comentei aqui no Ler ou não ler? que esta forma de se contar uma história me incomoda um pouco... Você começa a se identificar com uma personagem, está lendo super empolgada e..... pum... tudo muda e entra uma personagem nova. Esse foi um dos motivos de eu ter demorado uns 3 anos para ler o livro (esse, e o fato de eu ter comprado a versão original, em inglês, com gírias irlandesas intermináveis, o que me fez colocar todos os outros livros da fila na frente dele). Para que vocês possam entender sobre o que se trata o livro, é necessário conhecer cada uma das personagens, começando pela Alicia Thornton, ou Alicia Cara de Cavalo, que é a noiva de Paddy de Courcy. Ela aparece pouquíssimas vezes no livro, deixando a maior parte da história para ser contada pelas outras 3 personagens. Minha impressão dela: Menina feiosa e apagadinha na adolescência que fica rica e fina quando adulta, e passa todo tempo tentando provar alguma coisa a alguém. Chata. A próxima personagem, que você deve conhecer é a Marnie Hunter, que foi namorada de Paddy na adolescência. Marnie sempre foi uma garota diferente, que via e sentia o mundo de sua própria forma. Depois do término com o namorado, sua vida nunca mais foi a mesma e, ainda depois de casada e sendo mãe de duas filhas, ela sofre com os traumas deixados pelo tal político em seu passado. Minha impressão dela: Bem, Marnie é aquele tipo de pessoa que tem tudo para ser feliz, mas se deixa dominar pelo alcoolismo. Seus flash backs do passado me mostraram uma pessoa completamente neurótica E submissa, no pior sentido da palavra. Sei que estes são problemas bem atuais e recorrentes em muitas mulheres de todo o mundo, mas me peguei inúmeras vezes resmungando: "Nãaao! Deixa de ser idiota! Aceita logo ir no A.A.! Aceita que você está doente!". Na verdade, pensando agora, acho que gostei dela porque adoro personagens que me fazem falar sozinha, que nem minha avó quando vê novela.
Grace Gildee é jornalista e irmã gêmea de Marnie. Ela tenta conciliar o trabalho e seu "casamento" com a tarefa de deixar a irmã longe de bebidas alcoólicas. Pode ser descrita como o total oposto de Marnie: forte, independente e bem sucessida. Entretanto, nutre um rancor muito grande por Paddy de Cource, que se mostra ser muito mais intenso com o aproximar do fim do livro. Minha impressão dela: Amei! O relacionamento de Grace com o também jornalista Damien é lindo... Compreensão, amor e companheirismo sem mi mi mi. Ela é prática, nada fresca, e é de uma cumplicidade com a irmã que chega a dar gosto! A descreveria como o retrato da mulher do séculos XXI. Me identifiquei bastante, inclusive... :D. Por último, mas não menos importante, temos a stylist Lola Daly, namorada de Paddy de Courcy que fica completamente devastada com a notícia do casamento do amor da sua vida (com alguém que não é ela!). A stylist não achava estranho nunca ter sido apresentada aos amigos e familiares de Paddy, nem de permanecer discreta em relação ao namoro (Sabe de nada, inocente!). Afinal, ele é um político charmoso que vive saindo em revistas de fofoca, certo? Acontece que uma dessas revistas revelou a grande notícia: seu namorado iria se casar com outra mulher! Lola fica completamente arrasada e, para não perder todos os seus clientes (pois só estava dando bola fora), resolve passar uma temporada na casa de praia da família de sua amiga em County Clare. Lá, vive uma rotina calma, e passa a abrigar homens que gostam de se vestirem como mulheres (crossdressers) toda sexta. Minha impressão dela: Ainda não decidi se gostei mais dela ou de Grace. Ela é tão divertida que, mesmo estando na fossa grande parte do livro, te prende e te faz rir. O fato de QUERER melhorar e voltar a ter uma vida normal é o que a diferencia de Marnie. Além do mais, Lola tem amigos engraçadíssimos. :D
Bem, ao final do livro (spoiler alert!) descobrimos que elas são ligadas por um mesmo fato: todas foram abusadas por Paddy de Courcy, seja por agressão física ou sexual.

Capa: Eu particularmente gostei mais da capa da versão em português (acima) do que a da versão em inglês (ao lado). Ela é bem mais colorida, e segue bem o padrão dos outros livros da autora.

Personagens: No geral, gostei. As principais já foram descritas ali em cima, mas os secundários também são bem interessantes. A família de Marnie e Grace, por exemplo, é extremamente peculiar.

Narrativa: A forma com que o livro é organizado, como eu já comentei, não me agradou. Entretanto, ele é super bem escrito, como todos os livros da Marian que já li até agora.

Opinião geral: O livro não é excelente, nem muito bom, nem ótimo, mas é bom. Comecei este post dizendo que achei a história bem diferente de tudo que já li da Marian, e agora digo o porquê: Primeiro, a organização da narrativa. Ok, já comentado. Segundo e o que mais chamou atenção, a história é extremamente dramática. Em apenas um livro a autora aborda coisas como alcoolismo, violência doméstica, estupro, câncer, depressão com direito a tendências suicidas, crossdressers... tudo polêmico demais pra ser colocado ao mesmo tempo, na minha opinião.

Indicaria para alguém? Acho que se me perguntassem "Quero comprar um livro. O que você me indica?", eu indicaria muitos outros antes desse. A não ser se a pessoa em si estivesse vivendo alguma das polêmicas citadas acima... aí sim.

"(...) Na verdade, está óbvio para mim agora que, desde o início, o sexo com Patty tinha sido doente e estranho. E eu que pensei que ser levada a um sex shop no primeiro encontro fosse erótico! Agora eu vejo que era um teste. Ele estava verificando o quanto eu aguentaria. E ele decidiu que eu aguentaria qualquer coisa." (Traduzido do inglês)

Em homenagem ao livro, aí vai uma musiquinha de mesmo nome que o objeto deste post, This Charming Man, by the Smiths! Até a próxima, pessoal!





sábado, 28 de setembro de 2013

Para sempre – Kim e Krickitt Carpenter

Olá pessoal!!!! 

Quem é vivo sempre aparece e, como não parti desta para melhor, aqui estou eu!
Sei que o próximo livro a ser comentado deveria ser o último volume da Saga dos Tigres, mas faz tanto tempo que o li que achei melhor relê-lo antes de escrever sobre ele. Enquanto isso não acontece, falarei sobre os livros que estão mais fresquinhos na minha memória, começando por “Para sempre” de Kim e Krickitt Carpenter.

O livro conta a história real de Kim e Krickitt Carpenter que tiveram que reaprender a amar depois de um grave acidente de carro apagar toda e qualquer memória de Krickitt referentes ao marido Kim.

Minhas considerações: 

Capa – não tem o que discutir. É o Channing Tatum na capa. :P

Opinião geral - Não gostei muito do livro. Pela primeira vez na história da minha singela vida eu preferi um filme a um livro. A única semelhança entre os dois, na verdade, se resume a perda de memória da esposa...

História – É baseada na vida dos autores, então não tenho muito que opinar. Achei muito válido o casal querer mostrar ao mundo como o amor, a coragem, a força e a perseverança podem superar os obstáculos. Imagine seu marido/esposa/namorado/namorada, de um dia para outro, te ver como um completo estranho... Imagine perder a própria história! Eles superaram isso, enquanto muitos casais por aí se separam por um controle remoto.

Personagens – Chatos. Fiquei um pouco entediada. Imaginei o Kim como um mauricinho de um filme americano dos anos 80, com o cabelo penteado de lado, uma blusa de botão listrada azul e dentes branquíssimos. Imaginei a Krickitt como a versão feminina chata do marido. Na verdade, achei que ela ficou bem mais interessante depois que perdeu a memória. Ou talvez eu só tenha ficado decepcionada porque eles são completamente diferentes de suas versões cinematográficas.

Narrativa – Não gostei muito. Não fiquei presa no livro em nenhum momento, e eu odeio quando isso acontece (ou não acontece, na verdade.. rs). Acho que o grande problema do narrador foi a repetição exagerada de seus sentimentos. Ele passou muito tempo descrevendo minuciosamente (e várias vezes) o que estava sentindo e pouco tempo na história em si, provavelmente pra dar uma enrolada e o livro ficar mais grosso.. hehehe. Pra vocês terem uma ideia, ele deve ter falado umas cinco vezes que a mulher se comportava como uma criança mimada depois do acidente.

Indicaria para alguém? – Sim. Como um livro de auto-ajuda e não de romance. Acho válido para um casal que estiver enfrentando problemas conjugais.

"O terapeuta parou por alguns instantes antes de continuar. – Krickitt, quem é seu marido?Krickitt me olhou com os olhos vazios, sem qualquer expressão. Ela voltou a olhar para o terapeuta, mas não lhe respondeu.- Krickitt, quem é seu marido?Krickitt olhou para mim novamente, e voltou a olhar para o terapeuta. Eu tinha certeza de que todos podiam ouvir meu coração batendo enquanto eu esperava, em meio ao silêncio e ao desespero pela resposta da minha esposa.- Não sou casada.“Não! Meu Deus! Por favor!”"

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Série Os Heróis do Olimpo: O Herói Perdido


Vou começar dizendo que, como fã de Percy Jackson, foi uma delícia voltar ao acampamento meio-sangue e rever Annabeth, Clarice, Rachel, Quíron, dentre outros dos personagens tão queridos de Rick Riordan (estava com saudades até mesmo dos monstros!). Só por isso o livro já valeu para fazer a minha felicidade! rs. Bem, pra quem esperava uma continuação de Percy Jackson, ficará desapontado, pois o livro conta novas histórias, com novos personagens principais e novas profecias e tarefas. Desta vez, Jason Grace (filho de Júpiter - Zeus), Piper Mclean (filha de Afrodite) e Leo Valdez (filho de Hefesto) são os escolhidos para ficar a frente da história. Jason, após aparecer misteriosamente, e com amnésia, na escola onde Piper e Leo estudam é levado junto com seus novos amigos ao acampamento meio sangue. Lá, eles descobrem que Hera, a rainha do Olimpo, fora sequestrada por um força grande e misteriosa, e são enviados em missão para resgatá-la até o solstício de inverno. Como é de se imaginar, até que o resgate seja efetivamente realizado, Jason e seus amigos passam por poucas e boas. Primeiro, procuram um deus temperamental: Bóreas, o Vento Norte; depois, despencam pelo céu e quase são devorados por ciclopes famintos; então ficam presos na loja de departamentos da Medeia maluca; novamente despencam pelo céu e caem na casa do rei Midas, onde quase viram estátuas de ouro; são perseguidos por lobos; Éolo, o senhor dos ventos, tenta matá-los; lutam com um gigante para salvar o pai de Piper; pilotam um helicóptero; e, finalmente, libertam Hera após serem rodeados de monstros. Antes de dar a minha opinião sobre o livro, vamos conhecer os personagens:

Jason, filho de Zeus (sim, aquele mesmo deus que fez um pacto prometendo não mais ter filhos com mortais, e que já havia quebrado isso gerando Thalia. Tsk, tsk, que coisa feia...) é um menino forte e confuso, que tem sua memória roubada pela rainha Hera. Ele aparece no ônibus escolar de Piper e Leo, que, por causa da Névoa, compartilham lembranças do herói que nunca existiram. Dentre elas, está a recordação de que Jason e Piper eram namorados, ou será que não?
O semi-deus possui uma tatuagem romana e, ao contrário dos outros heróis, se refere aos deuses através de seus nomes romanos. Jason possui a habilidade de controlar o vento, conseguindo voar, e é extremamente hábil em batalha, mesmo que não se lembre do porquê. Mesmo sem saber, de início, se pode confiar em Piper e Leo, a amizade entre eles cresce cada dia mais, e os sentimentos do herói em relação a sua "namorada emprestada" também aumenta no decorrer do livro. Os mistérios em relação a sua vida são revelados aos poucos, trazendo à tona segredos há muito guardados.

Piper, filha de Afrodite, contradiz tudo o que se espera de uma filha da deusa do amor e da beleza. Mais preocupada com a natureza de uma pessoa, do que das característica que envolvem seu exterior, ela promete ser mais que um rostinho bonito. Guerreira, forte, determinada e romântica, Piper vê seu mundo virar de cabeça pra baixo quando descobre que seu namorado nunca havia se quer a conhecido: todas as recordações que tinha de Jason haviam sido geradas pela Névoa. Entretanto, Piper não sabe como agir em relação ao amor decorrente de suas lembranças, já que ele parece bem real e sólido em suas emoções.
O maior desafio de Piper, contudo, é a decisão de trair seus amigos ou salvar Hera. Isso porque seu pai fora sequestrado pelo gigante Encélado, um dos filhos de Gaia, e ela só poderia tê-lo de volta se entregasse seus amigos ao inimigo.


Leo é filho de Hefesto e passa o livro tentando mostrar que não é coadjuvante nessa história. Possui um cinto de ferramentas mágico, que pode gerar muitas coisas úteis, e uma habilidade incrível de consertar praticamente qualquer coisa que aparecer em sua frente. Leo teve uma infância conturbada e confusa devido ao seu poder de gerar fogo e às constantes visitas de Hera sob a pele de tía Callida. Sua mãe fora morta em circunstâncias estranhas, e Leo passou a se culpar pelo ocorrido. Desde então, o menino nunca mais utilizou sua habilidade de gerar fogo, até que inúmeras situações em sua missão o fizeram rever esta decisão. Ele é um personagem chave para o sucesso da missão e libertação de Hera.

 Festus é um dragão mecânico que encontrava-se fora de controle desde a morte de Beckendorf, nos livros de Percy Jackson. Ele é consertado por Leo, que cria um vínculo de respeito e amizade pela "máquina". Festus carrega os três amigos em seu dorso em boa parte da missão, levando-os pelo céu até onde precisarem chegar. Ainda com alguns problemas mecânicos, esse personagem vira o mascote da história e, tenho certeza, terá grande participação nos outros livros da série (mesmo que não possamos enxergá-la em determinado momento).


O treinador Hedge é o sátiro responsável por proteger Piper e Leo na escola onde estudam. Depois da chegada de Jason, o grupo depara-se com espíritos da tempestade, e o treinador acaba sendo levado. Após ser resgatado pelos meninos no decorrer da história, Hedge os acompanha e os ajuda a terminar a missão.
Bem, agora a minha opinião sobre o livro: ele é bem escrito, assim como os livros do Percy Jackson, porém, prefiro a história contada por um narrador personagem. Outra coisa que não gostei muito foi a divisão dos capítulos pelos personagens. Entendo que o autor quis que víssemos a história sob a visão de cada personagem, mas isso me atrapalhou na hora de criar um vínculo com algum deles, ou com o livro no geral.
A história em si é bem legal, e conforme a memória de Jason volta, ficamos cientes de algo muito além do que já conhecíamos sobre os semi-deuses e os deuses do Olimpo. O final promete uma aventura ainda maior nos próximos livros, e nos remete aquela ansiedade gostosa de acompanhar uma série.

"Jason não sentia seus braços. Podia ver a ponta do arpão aproximando-se de seu peito em câmera lenta. Sabia que deveria se mover, mas não se sentia capaz. Engraçado, ele pensou. Tanto esforço para manter-se vivo e, de repente, bum! Caído ali, sem poder fazer nada, com um gigante que lançava fogo sobre ele."

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Crônicas Saxônicas: O Último Reino

Eu sei, eu admito..... Deixei meu querido blog abandonado e jogado ao relento, mas foi por um motivo de força maior (término da faculdade) e menor (falta de inspiração, e vergonha na cara). Porém, essas águas já se passaram e voltei com a enorme responsabilidade de falar sobre o livro do grande Bernard Cornwell.
Admito que, desde que li as Crônicas de Artur, passei a ter uma opinião antes de ler qualquer livro deste autor: é bom... e ponto final... só pode ser! Sou uma propaganda ambulante do trabalho e da incrível narrativa deste, que é um dos maiores escritores britânicos da atualidade.

 As Crônicas Saxônicas são compostas por seis livros, sendo o primeiro intitulado O Último Reino (2004), objeto deste post. Como todos os livros do Cornwell que já li, o início é um pouco massante devido ao grande número de lugares e personagens. Prepare-se para voltar ao mapa das primeiras páginas algumas vezes, e a ter a leitura interrompida para que você consiga lembrar, por exemplo, quem é Aethelred e quem é Aethelwod. Com o decorrer da história, você vai se adaptando à narrativa e tudo flui tranquilamente.
Bem, a crônica retrata a história de Alfredo, o grande, e o seu papel nas invasões dinamarquesas que culminaram na consolidação e unificação da Inglaterra, tudo isso feito sob a visão do jovem guerreiro Uhtred.
Uhtred, inicialmente chamado de Osbert, era o segundo filho do ealdorman Uhtred (chamarei de U1), senhor de Bebbanburg, na Nortúmbria. Após a morte de seu irmão Uhtred (chamarei de U2) pelas mãos do senhor dinamarquês Ragnar, Osbert assumiu o posto do primeiro filho, assumindo seu nome (chamarei de U3) (um povo de muito criatividade, como vocês podem perceber...). O livro começa com a invasão dinamarquesa na Inglaterra, que é iniciada em Bebbanburg. Após uma emboscada, U1 é assassinado e Ragnar (o mesmo que matou U1 e U2) leva nosso querido Osbert (U3), na época ainda criança, como "criado". As aspas são muito apropriadas, pois o menino nunca foi visto realmente como um serviçal, e sim como um pupilo. Criado como um dinamarquês, adorando deuses dinamarqueses, comendo as comidas dinamarquesas, festejando as datas dinamarquesas e lutando como um dinamarquês, não preciso nem dizer o embate que seu coração enfrentava: a quem ele devia sua lealdade? O vínculo de Uhtred com seu captor cresceu no decorrer dos anos, de modo que sua lealdade perante a "nova nacionalidade" foi firmada. Importantes personagens acompanham o menino em seu dia-a-dia: Rorik e Thyra (filhos de Ragnar), Ravn (pai cego de Ragnar) e Brida (jovem inglesa que é "adotada" como Uhtred, tornando-se sua amiga e companheira).
Enfim... depois de muito sangue, lutas, brigas, batalhas xingamentos, gente fedida, atos de vingança, politicagem e religião, Uhtred vê a sua vida mudar drasticamente quando sua família adotiva é assassinada, e ele se vê obrigado a resgatar sua origem inglesa. Ele vai até Mércia, o único reino inglês que ainda não caiu sob o domínio dinamarquês, e se junta ao rei Alfredo. Uhtred, que não suporta o rei, não mais pensa em estabelecer uma lealdade, seja dinamarquesa ou inglesa. Sua decisão, agora, é apenas a quem agradar, e o que fazer para permanecer vivo.
Vale a pena mencionar que o livro faz provocações ao cristianismo, o que pode incomodar certas pessoas. Entretanto, devemos lembrar que os acontecimentos históricos estão aí, retratados em inúmeros livros e documentos mundo afora. O que é mostrado são os primeiros anos do cristianismo, ainda não consolidado como religião predominante em muitos países, portanto, sujeito a dúvidas e descrença pelos personagens do livro. É só uma história, e não deve ser levado a sério.
Outra coisa bem interessante é que os livros da crônica, quando reunidos, formam uma imagem única. Um temperinho a mais na coleção de Cornwell.


Como de costume, aí vai um trechinho do livro: "O júbilo! O júbilo da espada. Eu estava dançando de júbilo, a alegria fervilhando dentro de mim, o júbilo da batalha da qual Ragnar falava com tanta frequência, o júbilo do guerreiro. Se um homem não o conheceu não é homem, Aquela não era uma batalha, não era uma carnificina propriamente dita, apenas uma matança de ladrões, mas foi a minha primeira luta e os deuses tinham se movido dentro de mim, tinham dado velocidade ao meu braço e força ao escudo, e quando terminou, e quando dancei no sangue dos mortos, soube que eu era bom. (...) Os jovens são idiotas, e eu era jovem. Mas era bom."

Novamente, Bernard Cornwell nos contempla com uma crônica bem escrita, que agrupa história, romance e ação, e cumpre aquilo que promete: entreter com qualidade.

Cenas dos próximos posts: O Herói Perdido; Tiger's Destiny.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

El Ateneo

Olá pessoal!!

Desculpe o sumiço do blog, é que eu estava viajando em congresso e não tive tempo de ler ou de postar.
O congresso foi em Puerto Madryn, na Patagônia argentina. Para voltar ao Rio de Janeiro, tive que fazer conexão em Buenos Aires, onde tive que esperar 7 horas pra pegar o vôo. Como eu não sou de ferro, resolvi aproveitar para conhecer a livraria El Ateneo: a segunda livraria mais bonita do mundo! Eu estava beeeem curiosa pra ver como seria, e tenho que admitir que não me decepcionei nem um pouquinho. A livraria é linda! Enorme!
Essa livraria era um teatro chamado Teatro Gran Splendid, aberto em 1919. Ele também foi utilizado como cinema, onde no final dos anos 20 apresentou os primeiros filmes sonoros apresentados na Argentina, até que no ano 2000 ele foi comprado por uma rede de livrarias, se tornando a maravilha que conhecemos hoje!

Se você vai a Buenos Aires não deixe de visitar a livraria El Ateneo. Ela se encontra na Avenida Santa Fé 1860.